Enfim, chegamos aos 14 meses. No início eu pensava em escrever mês a mês o desenvolvimento dela, mas a correria do dia a dia não deixou. Além disso, sou mais de escrever filosofando sobre sentimentos e não consigo ser assim tão prática, para contar nossas coisas do dia a dia.
Mas considerando que esta é também uma forma de registrar um
pouco dessa nossa vida de cada dia, me esforço, pois sei que esse blog ao final
será um lindo livro sobre nossas vidas!
Então vamos lá, Anastácia no alto dos seus 14 meses é um
docinho. E não é porque sou mãe coruja não.
Ela se desenvolveu muito, deu uma esticada, perdeu um pouco
as bochechas e a cara de bebê e cada dia mais tem cara de criança. Adora
conversar na língua dela, fala o dia inteiro quando estamos em casa, fala com a
gente, fala com os brinquedos, com as portas dos armários, enfim.. com tudo! E
ninguém entende nada ainda. Praticamente nenhum fonema consciente, ou palavra
devidamente construída. Mas expressa suas vontades de forma muito clara, quando
quer quer, quando não quer não quer, e dá bem para entender isso.
Em geral, é muito amável com as pessoas, sorridente e tal.
Mas também já demonstra seus gostos. Quando chega alguém que ela já é
acostumada, ela se abre e joga os braços, os sorrisos e se entrega. Quando não,
ela fica olhando assim meio desconfiada e aos poucos vai fazendo amizade... a
mesma coisa quando vamos para uma casa diferente, ou saímos para algum
restaurante... ela fica observando na dela por um tempo para depois que sentir
confiança começar a explorar os espaços e pessoas.
Esse mês ela sairá do berçário em que esteve desde os 6
meses para ir para uma escolinha “maior”, onde atendem toda a educação
infantil. Acho que será uma fase de adaptação, pessoas diferentes, amiguinhos
diferentes, rotina diferentes. Espero poder dar a ela uma vida escolar
tranqüila, em que não precise ficar mudando muito de escola, porque acho isso
um saco.
Minha vida inteira estudei na mesma escola, o ambiente me
era familiar, aconchegante, desde a diretora, professores e o pessoal da
limpeza me conheciam pelo nome. A maioria dos amiguinhos de escola passavam de
uma série para outra juntos comigo. E alguns deles ainda estão na minha vida,
estiveram no meu casamento, acompanharam com alegria o nascimento da minha
primeira filha e estão por aqui nesses ambientes virtuais mantendo esses laços
tão antigos. Isso sempre me passou uma estabilidade e tranqüilidade e acho que
é essencial para o desenvolvimento escolar. Não deve ser fácil ficar pulando de
escola em escola, ter sempre que reconstruir esses laços com o local e as
pessoas... por isso peço sempre a Deus a sabedoria de poder escolher um lugar
legal para ela. Pretendemos que ela fique nessa escola até a pré-escola e depois
acharmos uma escola boa para o primeiro ano em diante.
A Anastácia ainda não anda. Nesse aspecto ela é um pouco
“descansada”... rsrsrs... mas ultimamente tenho pensado “vai andar a vida
inteira, pra quê pressa??”. Ela já anda apoiada em objetos e já tenta ficar em
pé sozinha. E acho que até o fim do mês de agosto ela já deve estar rebolando
por aí.
Há alguns dias atrás ela deu sua primeira birra. Acho que são
os famosos “terrible twos” chegando por aqui... Ela aprontou um berreiro, se
jogando pra trás, gritando e etecetera só porque eu tirei ela da mesa e levei
para o sofá da sala. Não tinha fome, não tinha coco, não tinha sede... nada...
era a mais pura birra! Um saco. E nós contornamos como dava, ignorando e
tentando conversar e explicar pra ela que não precisava chorar por causa
daquilo e que ninguém iria ficar mimando ela porque aprontou aquele berreiro.
Depois de uns bons minutos ela ficou ao meu lado no sofá e foi aninhando sua
cabeça no meu colo, soluçando de tanto chorar, começou a chupar o dedo e foi se
acalmando.
Não sou adepta de nenhuma teoria de como educar filhos, tipo
super nanny, ou encantadora de bebês e tal... Acho que aos poucos a gente vai
construindo nosso jeito de colocar limites e adestrá-los educá-los. A
melhor forma é educar com amor, seguindo um pouco dos nossos instintos... pois
no fundo o coração da gente guia nossas ações.
E assim tem sido a vida por aqui.
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